domingo, 28 de julho de 2013

28 de Julho de 2013

Domingo de frio, céu nublado. Um muro de 10 metros de altura.
 
Do outro lado da quadra "poli-tudo", o muro está lotado de roupas, toalhas e cobertores recém-lavados, esticados em três gigantescos varais.
 
Na quadra rola um futsal (diário), que os presos jogam como se fosse final de campeonato.
 
Estou sentado em um balde de PVC em frente à porta da minha cela.
 
Da marquise que serve de corredor do segundo pavimento, lençóis e cobertores flutuam no ar, dançando sobre a ação do vento gelado.
 
A maioria dos que optaram por sair das suas celas, assistem a partida de futsal sentados no degrau que existe entre o corredor e a quadra, sobre uma nojenta calha de drenagem.


São tantos detalhes... uma poesia de dinâmica única, onde impera a paz, o respeito e a harmonia.

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