quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Iperó, 15 de janeiro de 2015

Dois anos e meio de injusta e cruel prisão política.

Primeiro dia de liberdade e reconhecimento da divina Cannabis  - Haleu Luh Jah !

"Portanto, não os temais, porque não há nada oculto que não venha a ser revelado; nem secreto que não venha a ser conhecido." (Mateus 10-26)

Nossa luta não será inglória; como disse Marcelo D2: nossa vitória não será por acidente!

Hoje é um dia histórico. Finalmente a Anvisa reconhece oficialmente o que já sabíamos há décadas e se curva ao poder curativo da Santa Kaya - da Ganjah, como ela era tratada na Etiópia milenar; da Cana do sonho do Faraó no livro da Gênesis; da Cannabis cientificamente conhecida em suas 3 variedades: sativa, índica e ruderalis; ou da Maconha, como chulamente é propagandeada pela atual matrix.

A discussão da mídia nacional, neste momento, está em torno do poderosíssimo "canabidiol", que assim como o Delta9hidrocanabinol (THC) é um dos muitos princípios ativos encontrados na resina da planta fêmea da Cannabis, em qualquer de suas variedades.

Além da milagrosa atuação nos casos de epilepsia, esta divina substância cura praticamente todos os tipos de câncer, também é o mais eficaz e seguro antídoto para os terríveis efeitos colaterais das quimioterapias: a náusea e o vômito.

É importante esclarecer que a resina canábica, também conhecida como "hemp-oil" é a substância curativa mais suave e segura para o organismo humano. Não existe uma pesquisa idônea que comprove algum malefício da planta Cannabis para com os mamíferos, sendo que o ser humano conhece todos os benefícios e poder curador desta maravilhosa planta há milênios.
Tanto na Índia como na China, a cana de dois sexos (bis) é reconhecida como remédio natural milhares de anos antes de Cristo andar entre nós.

Nós, espíritos de Sofia, garantimos o conhecimento ancestral do poder de cura da divina planta Cannabis e da manipulação sacramental dos seus derivados, como é inequivocadamente o caso do óleo de unção da nossa Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil, assim como descrito no Pentatêuco Mosaico, com ênfase no livro do Êxodo.

Este sagrado conhecimento específico sobre a Cannabis é o óleo de unção da nossa Igreja é o mais antigo exemplo de medicina popular fitoterápico.

Este conhecimento religioso de direito popular está claramente garantido pelo Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006, das ervas medicinais e fitoterápicas.

Estamos prestes a quebrar paradigmas nunca antes imaginados pelo inconsciente coletivo anestesiado da nossa atual matrix social.

Descobrimos que a novidade vem de cinco mil anos AC.

Como explicar isso para a sociedade atônita pelas "antiquissimas" descobertas?

a Anvisa tenta dar ar de notícia científica, dizendo que há um ano vem observando o assunto e atesta que o canabidiol (CDB) não causa dependência, e por isso o retirou da Lista 1 das substância proibidas.

Em primeiro lugar, precisamos saber de qual pesquisa científica encomendada pelo Ministério da Saúde, veio a taxativa afirmação da não dependência do canabidiol. É praticamente impossível uma pesquisa científica, onde tenha que se isolar um único princípio ativo entre centenas de outros componentes, depois levar para experimento em cobaias e posteriormente em seres humanos, ser comprovada tão rapidamente.
É um trabalho que demanda vários anos e este não parece ser o caso.

Se a Anvisa atesta que o canabidiol não causa dependência química nem física, é exatamente porque o THC também não causa dependência; e isso é um fato.

Tanto é verdade, que não existe uma pesquisa isenta que prove o contrário, pois nós, humanos, produzimos um hormônio de nome "anandamida" conhecida também como "endocanabinol", que atua na sinapse neural, sendo antagônico à adrenalina.

Esta substância, que o próprio nome explica, é uma molécula produzida em nosso organismo, que é a cornucópia do THC, a molécula canábica proscrita mundialmente, por um golpe do interesse econômico da indústria petroquimica, que já conhecemos.

E o que isso quer dizer?

Isto atesta que se nós produzimos esta específica substância em nosso organismo, não existe a possibilidade de vício, de dependência. Os conselheiros da Anvisa sabem muito bem do que estamos falando: O THC NÃO CAUSA DEPENDÊNCIA!

Isso é muito sério, porque os órgãos oficiais, mais precisamente o Ministério da Saúde e a Anvisa nos enganam por conivência induzida ou por total ignorância. De qualquer forma é muito grave.

A lei é clara: a substância só poderá estar na lista 1 quando for provado, através de pesquisa científica a potencialidade de dependência física e química, o que não é o caso do THC, ou por tratado internacional, que é o único fio de ligação do vergonhoso embargo da Cannabis com o ordenamento jurídico brasileiro.

É interessante observar que a Anvisa proíbe a Cannabis, que não provoca dependência e libera o tabaco e o álcool, que são altamente viciantes.

O Ministério da Saúde deveria ser interpelado judicialmente por esta dicotomia. É um caso clássico de "improbidade administrativa".

O STF deveria ser questionado sobre este embuste.

Esta falta de responsabilidade da administração pública alimenta um turbilhão de sofrimento que afeta milhões de seres humanos.

Apesar das alvissareiras noticias sobre o canabidiol, temos que compreender as ameaças implícitas na declaração da Anvisa.

Além da forma mentirosa como o assunto está sendo tratado, o vilipêndio se faz presente em vários pontos da Normativa estabelecida.

Primeiro, insinua que o canabidiol é responsável isoladamente pelo processo de tratamento de epilepsia, desprezando a interrelação com os demais princípios ativos. Esta falha de procedimento é técnica e academicamente inaceitável.

Este erro grosseiro abre oportunidade para o domínio dos processos produtivos, pois sabemos que, por ser natural, tanto o óleo de unção (hemp-oil) quanto os princípios ativos nele encontrados, não são possíveis de patente, mas os processos de separação e isolação o são.

É isso que os grupos transnacionais da indústria farmacêutica precisam para alcançar seus interesses espúrios de monopólio.

Segundo, em relação à aquisição do hemp-oil, só nos foi apresentado o caminho da importação - via comum de relacionamento do MS com as transnacionais da farmácia.

Para os doutos senhores conselheiros da Anvisa, os pornográficos custos gerados pela operação de importação do hemp-oil foram ignorados, o que vai contra o interesse da economia popular.

Ventila-se pela mídia nacional valores de até oito mil reais por um frasco da poderosa substância fitoterápica.

Isso é um roubo, um crime de ação lesa-pátria. A produção do nosso santo óleo de unção não é mais complicada que a produção caseira de xarope de guaco ou de uma boa guaçatonga.

Valores absurdos sobre remédio tão singelo são impostos de forma draconiana por decisão que atende somente ao objetivo especulativo de poucos em prejuízo de milhões.

O processo produtivo deste maravilhoso remédio chega a ser rudimentar, passando somente por  dois simples estágios de preparo: a dissolução alcoólica e a evaporação.

São operações tão corriqueiras que podem ser de preparo caseiro.

Qualquer pessoa com o mínimo poder de cognição pode executar a extração da substância em questão.

Um laboratório com aparelhos básicos pode produzir a resina curativa em grandes quantidades, com todas as normativas técnicas exigidas. É um remédio de baixíssimo custo, que pode ser produzido por inúmeros laboratórios aqui na "terra brasilis" sem interferência internacional.

E o pior é que os doutos conselheiros do MS sabem disso.

Terceiro, a Anvisa está dando atenção totalmente distorcida aos procedimentos técnicos-científicos quando trata medicamento fitoterápico como composição química laboratorial.

Como já explicado, existe norma legal sobre o assunto e assim é que ele deve ser tratado.

a Cannabis é fitoterápica, de conhecimento popular universal, e como tal deve ser tratada.

Qualquer tentativa de subverter esta realidade deve ser refutada na instância legal, para que a saúde e a economia pública sejam preservadas.

Pelos motivos aqui explicitados, a Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil vem, de forma preventiva, declarar peremptoriamente o direito liquido e certo da produção e uso do nosso santo óleo de unção (hemp-oil) para uso em nosso trabalhos religiosos e liturgias.

A Santa Kaya, a Cannabis, é para nós Rastafaris, a "árvore da vida" , como perfeitamente descrita no Velho Testamento; faz parte do proceder de nosso aprisco; é principal ferramenta de ligação do filho ao Pai, nos canalizando ao "Espírito Santo" .

Para nós Rastafaris, a Ganjah é a Mãe de todas as plantas sendo, pois, com respeito numinoso que a reverenciamos, dedicando a ela o mesmo amor que dedicamos a Jah, nosso Pai Todo-Poderoso; somos detentores deste divino conhecimento, e como " Candeeiros de Sofia" trabalhamos para que esta "Divina Luz do Conhecimento" ilumine a humanidade, revelando a todos o mais nobre presente que Jah nos deixou.

"No meio das ruas da cidade, de um e do outro lado do rio, lá está a árvore da vida, que dá doze frutos, dando todo mês seus frutos; e as folhas desta árvore eram para a cura das nações.


Não haverá mais maldição; e o trono de Deus (Jah) e do Cordeiro estará nela, e Seus servos o servirão" (Revelações 22-2,3)


Se vossa senhoria estiver lendo este relato, é porque nós precisamos de vossa inestimável ajuda. 

Para que a Real Verdade seja reestabelecida e possamos então vislumbrar um mínimo de sustentabilidade para as nossas futuras gerações, garantindo saúde, bem-estar, dignidade e amor a todos, como preconizado pela nossa Constituição e princípalmente pela palavra de Deus(JAH) nosso Pai Celestial.

Hoje, nosso Elder se encontra preso e os membros da nossa regulamentada Igreja se encontram na iminência de injusta condenação por acreditarem nesta real verdade.

Por esta questão humanitária, rogamos vossa atenção e ajuda.

"Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" ( João 8-36)

Que a glória de Deus (JAH) e a sua divina sabedoria se derrame sobre nós.


Ras Geraldinho
Elder da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil

No Eterno amor de Jah, Rastafari.