terça-feira, 21 de julho de 2015

Iperó/SP, 30 de outubro de 2014 - (dois anos e dois meses no escuro vale da masmorra paulista).

Que a glória de Jah nos ilumine e nos proteja das misérias humanas.

Amados e amadas é chegado o momento de decidirmos qual pílula tomar: a vermelha ou a azul.

Os espíritos escuros que formataram a infeliz realidade que nos afoga nesta hedionda matrix foram muito eficientes!

O embargo mundial da cannabis, reconhecidamente o maior estelionato da história da humanidade, juntamente com todas as grandes guerras da atualidade, gerou um prejuízo material e espiritual sem precedentes.

A proibição total da Sagrada Cannabis em prol do vampirismo petroquímico contra o “espírito de Gaia” gera mais sofrimento aos filhos de Jah (Deus) que a soma de todas as guerras.

A avidez destes “demônios” (do grego: espírito) pelo acúmulo absoluto do dinheiro, que gera o poder total, perverteu a realidade, transformando o mal em bem e a graça em desgraça.

O petróleo, a mais nociva e estúpida fonte energética, foi elevado ao posto de mais importante commoditie mundial, como locomotiva do desenvolvimento tecnológico.

Para que este criminoso golpe desse certo, foi engendrado a maior mentira contra a humanidade e o planeta, nossa amada Gaia.

Os estelionatários da indústria petroquímica norte-americana se mancomunaram com outros abutres do sistema de especulação econômica daquele País para se livrarem do único empecilho à dominação global do mercado energético: a cannabis nas suas três variedades: sativa, índica e ruderalis.

Sem o embargo mundial da cannabis, o petróleo nunca teria prosperado, pois tudo o que se obtém do concentrado fóssil se consegue com a renovável e sustentável cannabis.

Hoje são conhecidos mais de 25 mil produtos derivados da Planta Sagrada.
Para atingirem os inescrupulosos objetivos de domínio total, foi concretizado o plano de demonização da planta mais benéfica que Jah deixou para a humanidade.

Do começo do século passado até a proibição mundial, esta conspiração empreendeu um gigantesco lobby no congresso norte-americano e um plano de mídia nacional que deixaria Joseph Goebbels, o marqueteiro de Hitler, enciumado. De 1922, quando a Dupont patenteou o nylon, salvando a indústria do petróleo da extinção, até 1937, ano em que o senado do “Tio Sam” decretou o ato e proibição da cannabis, o povo norte-americano foi bombardeado com notícias mentirosas publicadas/plantadas em todos os grandes jornais e nas redes de rádio e televisão, de costa a costa dos EUA. Este maquiavélico plano deixou o povo norte-americano em pânico, solidificando no inconsciente coletivo a demonização da planta sagrada. A história desta hedionda conspiração está registrada no trabalho da vida do Professor de Direito Charles Whitebread, da Universidade da Virginia.

É importante salientar que no mesmo ano da criminosa proibição da planta cannabis nos EUA, foi promulgada sua proibição aqui no Brasil. Proibição (embargo) que coincide com a data da fundação da Petrobras, no governo Vargas.

Nunca existiu um estudo científico confiável ou que prove algum malefício da cannabis aos seres humanos, pois não há nada nela que nos prejudique.

A única intenção sempre foi a proibição da commoditie agrícola, que era a plantação absoluta nos EUA e dominava o comércio global, principalmente dos derivados da fibra canábica para cordas e velames, usados na indústria naval, além da polpa de celulose, como única base, até então, na produção de papel e derivados.

Sem este crime contra a humanidade, a indústria petroquímica não teria prosperado e hoje não estaríamos sofrendo o castigo do aquecimento global.
Se considerarmos o passivo ambiental que a estúpida extração e queima do petróleo tem causado nestes 100 anos de extração extensiva, agregado ao catastrófico aumento da temperatura do planeta pelo acúmulo de CO² na atmosfera, mais os custos das internações hospitalares, atendimentos médicos e medicações utilizadas no tratamento de milhões de pessoas ao redor do mundo devido aos graves problemas de saúde provocados pelos derivados petroquímicos, teremos números na casa das dezenas de trilhões de dólares. Esta conta é dos prejuízos diretos inerentes ao pecado do abuso do petróleo. O prejuízo do sofrimento espiritual é incalculável.

Mas vamos aos outros vieses desta nefasta opção imposta ao mundo como “solução energética” propagandeada como “Black Gold” – Ouro Negro.

Com o súbito embargo mundial da cannabis, milhões de agricultores em todos os países do mundo viram-se falidos da noite para o dia.

Como a Erva Sagrada era opção agrícola mundial, os camponeses, em sua maioria, conheciam somente as técnicas inerentes ao cultivo da cannabis. É importante salientar que a cannabis era a única planta que se adaptava ao cultivo em todas as latitudes do planeta, salvo os círculos polares.

Com a draconiana proibição, os agricultores se encontraram sem alternativa para suas fontes de subsistência.

Para exemplificar, podemos citar a “grande depressão econômica dos EUA”, entre as décadas de 20 e 30 do século XX. Ao lado do estelionato que os Ksares do sistema econômico estadunidense – leia-se banqueiros – aplicaram no povo norte-americano, o êxodo rural causado pela proibição da “hemp”, como a cannabis é conhecida naquele país, se transformou no maior drama humano da história norte-americana.

Como já dissemos, tudo o que se faz com o petróleo, já se fazia com a planta cannabis – salvo o passivo ambiental, o aquecimento global e outras mazelas. Porém, muitas coisas que se faz com a cannabis, não são possíveis se obter com o petróleo, por exemplo: alimentação.

Neste contexto a Erva Sagrada é imbatível.

A cannabis é simplesmente a mais rica fonte nutricional que Jah legou para a humanidade. Ela foi a primeira planta cultivada pelos nossos ancestrais: uma riqueza agrícola tão importante que, desde os primórdios, se entrelaça à história humana. Na Bíblia encontramos muitas dezenas de citações desta maravilhosa planta. Ela é a “flor de farinha” do pão sem fermento (pão ázimo), a cana de linho, o incenso, a cana de espigas do sonho do faraó, o óleo de unção, a base de produção do “novo vinho”; Canaã se traduz como terra da cannabis, cananeu é o morador/agricultor da terra da cannabis.

Por todos os seus atributos e utilidades, a Erva Sagrada era denominada “o Manah do deserto” e/ou a “árvore da vida”, que sempre esteve conosco, desde o paraíso.

Como alimento ela é a única fonte que atende a todas as necessidades nutricionais que nosso organismo precisa. Ela é a única fonte alimentar vegetal que contém todos os óleos ácidos graxos essenciais, como o Ômega 3 e Ômega 6, e a produção chega a ser de 2 a 3 vezes maior que a soja e o trigo.

Além de todas estas vantagens, no manejo agrícola, ela dispensa o uso de herbicidas, inseticidas e adubação.

Ao contrário de outras lavouras, ela não degrada o solo, promovendo a recuperação do campo. É considerada também o melhor remédio para cicatrização de voçorocas e erosão. Podemos dizer que a cannabis é ambientalmente perfeita.

Em todos os quesitos de produção, ela é superior às outras plantações.

Enquanto que das outras culturas agrícolas se extrai um único produto-base, da cannabis se retira produtos distintos: a semente para alimento e extração de óleo; a casca do caule para fibras que se transformam em cordas, fios e diversos tecidos; a polpa do caule, para derivados de papel e papelão.

Isso significa que, tanto o simples camponês como os grandes empresários do agronegócio conseguem um faturamento expressivamente superior com a cannabis em relação às outras culturas, além de gastarem uma fração do que se gasta com os insumos – sementes transgênicas, herbicidas, inseticidas e adubação- das opções de cultivares que temos na atualidade. Aliás, esta revolução agrícola já está em andamento na Europa, onde vários países ocupam cada vez mais os campos com a planta cannabis. São plantações de alto rendimento, que usam as mais avançadas técnicas agrícolas.

De todas as benesses que a cannabis nos oferece, o uso medicinal é, sem dúvida, o mais maravilhoso. Esta divina planta tem o poder curativo para nada menos que 60% dos problemas de saúde da humanidade. Ela é o mais eficiente remédio para a depressão.

Gostaria de salientar que o termo “uso recreativo” é formatação da “matrix” para indicar, pejorativamente, a tendência dos usuários da cannabis, negativamente chamados de “maconheiros”.

Todo o fumante da erva o faz como automedicação, por predisposição genética. Usamos a erva por memória genética. Uso recreativo é, como diria Odorico Paraguaçu: “pura invencionice!”.

Entre o cabedal de cura da cannabis, as principais moléstias tratáveis são quase todos os tipos de cânceres e doenças neurológicas como a epilepsia, esclerose múltipla, Alzheimer, entre outras. A erva é também o mais eficaz remédio para o glaucoma e para as crises de náusea decorrentes das rádio e quimio terapias.

Oportuno enfatizar que não estamos falando de novas descobertas. O uso da cannabis como medicamento é milenar e conhecido da ciência moderna há mais de quarenta anos. Para se ter uma ideia, a Associação Americana do Câncer fez a mais compreensiva pesquisa que comprova a eficácia da planta cannabis no combate a esta terrível doença, no início do século passado e a USP (São Carlos) confirma que conhece os resultados do poder curativo da planta sagrada há mais de 30 anos. Não estamos falando de descobertas científicas do mês passado. O poder curativo da cannabis é de conhecimento milenar, de direito popular e inequivocadamente de classificação fitoterápica.

O que estamos assistindo hoje pela mídia nacional é a reedição do mesmo criminoso estelionato cometido pela indústria petroquímica, só que agora o estelionato está sendo aplicado pelas transnacionais da indústria farmacêutica.

Os lobbys já estão montados para garantir o monopólio da extração/exploração dos princípios ativos da santa planta, para garantir o controle total do lucro pornográfico, que os laboratórios internacionais têm com o sofrimento da população.

Como a cannabis é uma planta fitoterápica, de conhecimento ancestral, ela não pode ser patenteada. Então, a estratégia deste grupo de abutres, que vive da desgraça humana, é esquartejar a substância primal, separando os diversos princípios ativos (THC/DBO/CDB/CBO, entre outros), garantindo, assim, a exclusividade na venda deste presente de Deus para nós. Se ninguém pode patentear uma planta, os processos de separação dos princípios ativos é possível garantindo, assim, a perpetuação deste “circo de horrores”.
Hoje já ouvimos, na Comissão do Senado que trata do assunto, a voz de senadores propondo exatamente isso.

Vejamos então o mapeamento dos interesses na manutenção da proibição/embargo/extinção da cannabis:

- Indústria Petroquímica
- Indústria de papel de eucalipto e pinus
- Indústria do Nylon
- Lobby das entidades do poder repressor
- Indústria de venenos agrícolas
- Indústria de sementes transgênicas
- Espírito político proibicionista ditatorial dos três poderes
- Lobby agrícola do trigo europeu
- Banqueiros e investidores internacionais
- Indústria do tabaco
- Indústria do álcool
- Lobby religioso evangélico
- Indústria farmacêutica europeia e norte-americana
- Laboratórios de pesquisa
- Grandes conglomerados da mídia

É evidente que o teatro de demonização da cannabis não contou com todos estes atores desde o início desta ópera bufa. No início eram três, com o passar do tempo, os outros espíritos avarentos compreenderam a oportunidade e se juntaram a este baile macabro.

Eu, que hoje, encarcerado injustamente, respondo por um “dois oito oito” pacificamente atesto:  se isso não caracterizar “formação de quadrilha”, o Espírito da Justiça Universal  não estará somente cego, estará também mudo, surdo, amordaçado, algemado e morto.

Bem, falamos dos nefastos lucros de poucos sobre simplesmente toda a humanidade. Vejamos, então, os prejuízos:

- Meio Ambiente: o maior passivo ambiental do planeta e seus custos para encenar reparação; o aquecimento global irreparável, que pode/irá deixar expressiva parte da população mundial desabrigada com a inundação de áreas costeiras em todos os continentes e ilhas, sendo que muitas delas desaparecerão; aumento significativo da desertificação, de furacões, tornados e derretimento das geleiras e das calotas polares. Preocupado com estes eventos catastróficos do aquecimento global, o mestre Jack Herer (in memorian) tem a receita de como salvar o planeta com a cannabis:  http://www.jackherer.com/thebook/

- Agricultura: degradação e envenenamento das terras agricultáveis de todo o globo; desmatamento de áreas verdes e florestas; aumento vertiginoso dos custos de manejo e produção das commodities agrícolas e consequentemente do preço dos alimentos.

- Direitos humanos/ sofrimento espiritual: a proibição mandatória e draconiana criou o segundo maior drama da alma humana. Para atender ao embargo total, foi montado um desumano aparelho de patrulhamento ideológico com um formidável sistema de repressão, que se alastrou pelo planeta, causando o mais violento atentado às liberdades e aos direitos humanos. Este espírito opressor criou forma e ganhou nome: “Guerra às Drogas”. Alimentado por descomunal volume de verbas governamentais, virou um monstro do apocalipse que espalha dor, sofrimento, prisão e morte por todos os cantos da Terra.

Não existe um único relato de morte diretamente ligada ao hábito de se fumar cannabis. Ela é a substância mais suave e segura para o corpo humano. O único problema está no devastador efeito colateral da hedionda ação repressora e punitiva, além da guerra entre gangues de traficantes e a polícia, que espalha horror e sofrimento. Esta é a mais purulenta ferida da miséria humana.

Um dia nos envergonharemos deste nosso presente.

- Saúde Pública Mundial: o viés mundial da cannabis é, sem dúvida, a questão da “saúde pública”, e isso se dá em duas vias. Por um lado está a questão nutricional já relatada aqui. A lacuna alimentar criada depois que proibiram a planta sagrada, foi preenchida pelo trigo, que é uma fonte alimentar de poder nutricional medíocre, enquanto a semente de cannabis é o mais nutritivo alimento disponível. Como, hoje, o trigo é a base alimentar mundial, temos uma população com grande déficit nutricional, fato que gera inúmeras doenças, inclusive o câncer.

A outra face macabra desta infeliz história está ligada ao combate direto às doenças que assombram a humanidade, sendo o câncer a mais atroz de todas. Aqueles que passam pela experiência desta odiosa enfermidade, sabem do sofrimento físico e espiritual ao qual nos referimos, sem falar que, na maioria das vezes, além do desfecho funesto, a família acaba falida, devido aos custos extorsivos dos pseudo-tratamentos.

Vale a pena lembrar que, além das doenças degenerativas, as enfermidades não fatais, mas que trazem muita dor e sofrimento, também são tratadas pela planta cannabis. Entre estas se destaca a tensão pré-menstrual, onde desde a antiguidade, a Erva era usada no tratamento deste mal que acomete boa parcela das mulheres. A Rainha Vitória da Inglaterra, por receita do médico da família real, usava a cannabis para aliviar o desconforto mensal das cólicas menstruais.

Depois desta rápida análise sobre a “Real Verdade” que existe enterrada no lodo da atual “matrix”, da identificação dos programadores do “sistema operacional” que solidificou a mais cruel e mentirosa virtualidade já implantada no inconsciente coletivo da raça humana, através da demonização da Planta Sagrada, vamos agora, resumidamente, projetar um futuro com a cannabis livre.

Para tanto, precisamos compreender que o hábito milenar de se fumar cannabis é o uso de menos significância que podemos fazer da erva.
Esta prazerosa forma de automedicação foi tão somente o “bode expiatório” da nojenta trama para o embargo da “Árvore da Vida”, que João relata em Revelações (apocalipse) 22-2: “no meio da rua da cidade, de um lado e do outro do rio, lá estava a Árvore da Vida, que produz doze frutos (hoje conhecemos vinte e cinco mil frutos dela) dando a cada mês seus frutos; e as folhas da árvore eram para a cura das nações.”

Com o pecado cometido contra a vida do planeta através da extração e vaporização do carbono fóssil, que a Natureza Divina demorou milhões de anos para colocar em lugar seguro, nas profundezas da Terra, nós estamos pagando o castigo do aquecimento global.  O agravamento da saúde do planeta, que começa a entrar em estado febril, vai e já está nos obrigando a compreender que, se continuarmos nesta insana e desabalada carreira, não teremos futuro como espécie.

Hoje os líderes mundiais já discutem as maneiras de se reduzir a emissão de carbono na atmosfera; e nós sabemos que o único meio de salvarmos nossa raça do caos é com o abandono do uso do petróleo e o seu inevitável embargo. Não existe outra maneira de atingirmos este gol sem decretarmos o embargo do famigerado “ouro negro”; e neste momento a cannabis será reabilitada como redentora da humanidade.

Como já disse aqui, é só visitar a página do mestre Herer na internet que a solução está lá.

A sustentável cannabis pode fornecer todo o combustível necessário para empurrar o desenvolvimento global de forma limpa e segura, sem comprometer as gerações futuras, livrando-nos do amanhã negro que a néscia opção pelo petróleo nos reserva. Tudo isso por uma fração do preço que pagamos hoje em dia pelo pestilento combustível de carbono fóssil. É inconteste que um litro de óleo extraído de uma planta que brota na superfície da terra é mais barato que o litro de óleo de petróleo, que requer gigantescas operações estratégicas de perfuração, extração, transporte e refino. E estamos falando somente dos custos pecuniários, sem levar em conta os custos ambientais e de saúde pública.

Vislumbramos aqui uma mudança da “matrix” energética mundial de altíssimo valor agregado, que compreende o futuro da humanidade, para um padrão de tecnologia branda, barata, não poluente, não venenosa, com cem por cento de sustentabilidade e inesgotável.

A única barreira para a mudança desta triste realidade está na avarenta sede de lucros máximos dos espíritos especuladores, que se refestelam no dinheiro sujo do petróleo.

A libertação da planta que nos salva, vai mexer com a realidade econômica do mundo e quebrar a hegemonia do lucro escravizante que impera nos tempos atuais.

Esta “Revolução Verde” mudará o cenário econômico mundial e além do setor petroquímico, a formatação da agricultura atual também sofrerá enorme abalo, onde novas forças progressistas aparecerão e a vigente base química será descartada, levando à falência muitas empresas que hoje lucram com o envenenamento do planeta.

Para atender à demanda energética e nutricional dos mais de sete bilhões de habitantes de nossa morada celeste, milhões e milhões e hectares de cannabis serão plantadas ao redor do mundo e outras culturas, como milho, soja e algodão, cederão espaço para a Erva Sagrada, que não necessita herbicidas, inseticidas e outros venenos, além de insignificante correção do solo. Devemos lembrar que as enormes áreas ao redor do planeta, que atualmente se encontram abandonadas para a agricultura, serão recuperadas pela ação reparadora do solo que o cultivo da cannabis proporciona.

Assim como já ocorre neste momento na Europa, acontecerá em todos os lugares: os agricultores que hoje sustentam estes gigantescos conglomerados transnacionais das indústrias agroquímicas, se libertarão dos grilhões do perverso modelo imposto por esta “matrix” distorcida.

Imaginemos os desdobramentos desta divina e reparadora reação em cadeia.
Para continuar este raciocínio, é preciso compreensão de que este movimento de reabilitação agrícola da cannabis já está em andamento, com o necessário conhecimento tecnológico de manejo e o mais moderno maquinário disponível.
O lucro para o homem do campo com a economia operacional, diversidade de produtos e da superior produtividade da cannabis é realidade registrada inconteste.

Com a entrada do Brasil neste novo cenário mundial, num primeiro momento, a economia europeia sofrerá abalo, principalmente em dois dos mais importantes pilares de sustentação do mercado europeu, que são as indústrias farmacêuticas e a agrícola daquele continente.

Senão, vejamos: sabemos que, ao lado do arroz e do feijão, a farinha de trigo é uma das três mais importantes fontes de alimentação brasileira.

Sabemos também que o trigo é um grão nutricionalmente vazio contra a semente de cannabis, que é praticamente perfeita neste quesito, além da produtividade expressivamente superior.

Para suprir a descomunal demanda de farinha, o Brasil planta dez por cento do trigo que consome, sendo, por questões climáticas, o trigo brasileiro de baixa qualidade. Outros dez por cento vêm da Argentina e o restante, oitenta por cento, é importado da Europa e Canadá.

A farinha de cannabis, citada no Velho Testamento como flor de farinha, é a única farinha que pode competir com o trigo na culinária e indústria alimentícia, de sabor agradável e a vantagem nutricional já descrita.

Se a agricultura brasileira começar a fornecer a semente de cannabis para os moinhos transformarem em farinha, mudando a fase desta base alimentar, nós (o Brasil) quebraremos a economia europeia.

Primeiro, porque o trigo europeu não tem como competir com a cannabis em nenhum quesito de comparação. O trigo perde para a cannabis em preço, produtividade, qualidade culinária e qualidade nutricional.

Segundo, porque se a população brasileira, que hoje sofre de déficit nutricional por causa do trigo, passaria a ter uma condição de saúde superior, evitando assim as doenças correlatas à desnutrição, como é o caso d câncer.
Considerando-se que um povo sadio não usa remédios, que os remédios da cannabis tratam sessenta por cento dos males humanos com mais eficiência, tendo custo muitíssimo inferior às drogas da indústria farmacêutica, podemos prever a quebradeira destes laboratórios, de absoluta maioria europeia.

Prevendo este movimento, os agricultores europeus estão se antecipando e a cada safra as áreas plantas batem recordes, consolidando a cannabis como um cultivar de alto rendimento.

Enquanto os europeus dão “bananas” para o proibicionismo repressivo e desumano imposto pelos badboys do Texas e da Wall Street, se preparando para um novo ciclo de desenvolvimento sustentável, nós, tupiniquins, nos debatemos no alagadiço da ignorância do nosso inconsciente coletivo brasuca.
Sem saberem que são vítimas da situação, grupos religiosos (leia-se evangélicos) engrossam o caldo dos proibicionistas, gritando jargões mentirosos criados no início do século XX, que solidificam o não pelo não, sem a mínima base da razão. Pois a cannabis, que convencionamos chamar de “maconha” não faz mal algum para os seres humanos, nem para outros animais. Não queima neurônios – na verdade ela é um lubrificante neural – e, como dizem os cientistas, a molécula do THC é um “ligante”, uma chave que faz a ligação entre dois neurônios ativando a sinapse. No final deste processo, através de uma descarga elétrica, o delta 9 tetrahidrocanabinol se desintegra sem causar dano algum.

Mais uma vez: o THC é uma substância fitoterápica das mais suaves e seguras que temos à nossa disposição e vêm junto com uma cesta de outros princípios ativos de grande poder curativo.

Quando acordarmos, como sociedade, deste transe hipnótico da demonização da cannabis, daremos um grande passo rumo ao almejado futuro sustentável.
Hoje me encontro preso, condenado injustamente a quatorze anos de prisão por tráfico de drogas. Nunca trafiquei nada. Minha conduta moral em relação à sociedade à qual estou inserido é ilibada.

Plantei a Erva Sagrada no interior de minha igreja, para uso sacramental, garantido no seio da Constituição brasileira.

Plantei sementes de uma Erva que é um presente de Deus, assim como descrito na Gênesis 1-11,12,29.

Faço parte da triste estatística desta estúpida proibição, que nos expõe ao pior da miséria moral que aflige a humanidade da atual “matrix”.

Enquanto não acordarmos e não sairmos deste transe coletivo que só traz sofrimento e atraso espiritual, estaremos contribuindo para a perpetuação do poder cinza de homens totalmente desprovidos de estatura moral, que operam o Sistema, por traz das cortinas desta pseudo realidade que nos aprisiona.

Só não vê quem não quer. É de fácil compreensão. Está estampado em todos os lugares. É só reparar no mar de lama em que a Petrobrás se afunda. A Polícia Federal está prendendo estas escuras figuras aos montes, na Operação Lava-Jato. É deste tipo de gente que estamos falando, pessoas que vendem suas almas para atingir seus objetivos a qualquer custo.

Fiquem tranquilos: não existe escrúpulos para estes espíritos escuros. E posso vos afirmar que estas poucas linhas não relatam um enésimo da “Real Verdade”.

“... e conhecereis a Verdade e ela vos libertará.” (João 8-32)

Por mais inacreditável que esta exposição possa parecer; por mais louca que esta figura quixotesca que vos escreve possa assemelhar-se, eu venho perante a vossa presença para este testemunho.

Não sou pregador do apocalipse e não necessitas crer no que acabas de ler. Mas as provas desta macabra conspiração, que nos arrasta ao sofrimento, estão nas pontas de seus dedos.

É só pesquisar e comprovar.

Doo, hoje, minha liberdade em expiação à Luz da “Real Verdade” como oferta à liberdade do maior presente que Jah (Deus) nos deu. Esta Erva que tanto amo, conhecida mundialmente como cannabis – a cana de dois sexos – e tida em minha fé como “A árvore da vida”.

Até então, o manto da ignorância eclipsava a “Luz de Sofia”. A ignorância até hoje pôde ser usada como álibi dos legisladores, dos operadores da lei e dos demais atores políticos responsáveis por esta pantomima macabra.

Mas a partir de agora, assim como eu, vossa senhoria também conhece a “Real Verdade”, e por ela agora todos somos responsáveis.

Oportuno dizer que ontem a Capoeira foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade. Depois de séculos de ostensivo preconceito e violenta perseguição ideológica e religiosa, finalmente o mundo reconhece e aceita esta joia da cultura africana.

A cannabis é exatamente outra faceta desta mesma gema: assim como a capoeira, o candomblé e a umbanda, que sempre foram expressões da alma do povo escolhido por Jah para o início da epopeia humana.

Este é um dos aspectos que mais contribuíram para o sucesso do criminoso plano de embargo total da cannabis: o preconceito racista que os caucasianos sempre nutriram pelos irmãos africanos, principalmente no Brasil.

A proibição da cannabis na “terra brasilis” foi muito facilitada por este espírito odioso do preconceito.

A realidade da “matrix” daquela época, muito bem retratada na novela Lado a Lado da Rede Globo, era propícia para a execução do malévolo plano da proibição da planta cannabis, conhecida comercialmente, à época, por cânhamo.

Diferente do projeto inglês de ocupação da América do Norte, que obrigava por lei o colonizador a cultivar cannabis, por aqui os portugueses, talvez por falta de planejamento estratégico, ou pela exuberância da flora brasileira, não deram valor à Erva como cultivar, e o cânhamo foi minimamente explorado.  Pouquíssimos moinhos e casas de fiação foram registrados no final do período imperial, sendo a maioria no Rio de janeiro. Assim, o embargo não teve peso significativo na economia, portanto, pouquíssima resistência.

Somado a isso, o fato do cânhamo, que por jogo de letras passou a ser conhecido pejorativamente como “maconha”, e era chamado à época também como “Erva de Guiné” ou “Diamba”, ser habitualmente fumado pela população negra, foi o ingrediente fundamental na proibição, ou seja, a raiz da proibição é racista.

Os europeus e seus descendentes eram propícios ao uso do vinho e da novíssima cachaça, além do tabaco.

Maconha era coisa de “negão”.

É importante dizer que tanto aqui como nos EUA, o racismo foi fundamental no estúpido processo de proibição da Erva Sagrada. Com a diferença de que, lá, além dos “negão”, existiam também os “cucarachas” mexicanos. Esta é a parte nojenta e cruel da história. Com a proibição da maconha aqui e da marijuana lá nos EUA, começou em ambos os países um movimento de “sanitização racial” que os eugenistas de plantão aplaudiram, aprovaram e financiaram. Que o diga Monteiro Lobato!

A regra nefasta era óbvia: proíba a maconha no Brasil e os “negão” iriam todos para a cadeia. Proíba a marijuana nos EUA e prendam os niguers e os cucaracha.

Este foi o fator facilitador do processo de proibição/embargo da cannabis: o ódio racial, um espírito limboso que graça até nos dias da atual “matrix”. Infelizmente.
Até 1937, antes da maldita proibição, os afrodescendentes que se amontoavam nas favelas, plantavam a Erva nos morros cariocas e desciam com sacolas para vendê-las para os mais variados usos, nas feiras livres da cidade, como encontramos vendedores de salsinha ou alho.

Então, de repente, depois da promulgação da lei que estupidamente declarava a “extinção” da planta cannabis, no início do século passado, aqueles abandonados e marginalizados pelo Sistema, passaram da situação de pequenos vendedores ambulantes para a condição de traficantes. Do dia para a noite foi criada uma nova classe social: os traficantes.

Este novo “gênio do mal” se alimentou com tudo o que há de mais miserável na alma humana: com a violência, a corrupção, a ganância, o ódio e a morte, transformando-se neste demônio que tanto atormenta nossa atual sociedade. Que estupidez!

Infelizmente, o diabólico engodo do petróleo nos guiou ao atual pesadelo que vivemos, como o flautista da lenda em que, com doce melodia, leva as crianças para o abismo.

Mais cedo ou mais tarde, o consciente coletivo vai se vir livre das vendas desta bestial mentira, que por décadas a fio vem causando tanta destruição e dor.

Neste momento teremos a redenção da sagrada planta cannabis, e ela nos guiará para um novo patamar de desenvolvimento sustentável. Assim atingiremos uma nova etapa de evolução espiritual, com a graça de Jah.

Para que esta previsão de futuro redentor se transforme em realidade, sua ajuda é fundamental.  Se vossa senhoria leu estas linhas e chegou à conclusão desta irrefutável verdade, temos a absoluta certeza que a “pílula vermelha” foi a escolhida, e agora o espelho quebrado se recompõe diante dos seus olhos.

A planta nos liberta. Sua ajuda é fundamental!

Quando a sociedade apagar o demoníaco ódio pela “Erva Sagrada” e encará-la com a ótica da “Real Verdade”, todos estaremos livres.

Por favor, me ajude. Conheça a verdade, não propague falsos conhecimentos e, se possível, venha conhecer a fraternidade dos neo-abolicionistas brasileiros. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faz parte desta Irmandade, além de muitos outros que conheceram a verdade e o caminho da Luz.

Nós da Niubingui, os chamamos de “Candeeiros de Santa Sofia”

Não se igualará a ela o topázio da Etiópia; nem se poderá comprar com o ouro mais fino.

De onde, pois, virá a sabedoria?
E onde está o lugar da inteligência?

Só Deus entende o caminho dela, e conhece seu lugar. Porque ele vê os confins da Terra e vê tudo quanto há debaixo dos céus.

E disse ao homem: eis que o temor ao Senhor é a sabedoria, e a inteligência o apartar-se do mal. (Jó 28-19,20,23,24,28)

Estamos adentrando um novo período astronômico. Saímos da Era de Peixes, onde, infelizmente graça ainda a ignorância e a escuridão e entramos na Era de Aquário, onde toda ilusão do atraso espiritual da humanidade se dissipará e a Luz da Verdade curará todo sofrimento, libertando a alma humana da escravidão e angústia que os espíritos opressores vêm nos impingindo por séculos a fio. A única pílula que cura é a da Verdade – da Real Verdade, que nasce do misericordioso coração do nosso Pai – o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judah, o Todo-Poderoso Jah, na minha fé rastafári.

De todo coração, espero que todos nós compreendamos esta verdade o mais rápido possível, para que possamos desfrutar de todos os frutos que a Santa Cannabis pode nos oferecer.

Nosso vizinho – o Uruguai – já deu os primeiros passos e em breve começará a colher os frutos econômicos, sociais e espirituais que os europeus já conhecem.

Os homens por trás desta cortina farão de tudo para que o Brasil não entre nesta onda de desenvolvimento e usarão de todos os artifícios possíveis para retardar este processo. Pois quando o Brasil e os EUA liberarem a cannabis para a agricultura e indústria, a “Revolução Verde” estará irreversivelmente em movimento e finalmente começaremos a vislumbrar luz do tão ambicionado futuro sustentável. E o melhor: seremos todos felizes, com a graça de Jah!

Agradecemos imensamente vossa preciosa atenção.

Ras Geraldinho
Elder da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil




quinta-feira, 2 de julho de 2015

Iperó, 02 de Julho de 2015


Dois anos e 10 meses de masmorra tucana.

O perfil espiritual do usuário da Santa Kaya  - planta cannabis
(por Ras Geraldinho )

Um dos marcos da ignorância social da atual “matrix” é, sem sombra de dúvida, a estigmatização do usuário da planta cannabis.

Um hábito salutar desenvolvido por milênios em quase todas as culturas do oriente, foi cirurgicamente demonizado e hoje é compreendido pelo inconsciente coletivo como coisa execrável, atitude de marginal.

Infelizmente, os programadores que formataram a criminalização da planta cannabis fizeram um excelente trabalho.

Podemos afirmar, com certeza, que este foi o maior estelionato da história universal.

O poder econômico do lobby petroquímico norte-americano alimentou por várias décadas o monstro inescrupuloso da mídia do “Tio Sam” que implantou inúmeros aplicativos de mentira e ódio no inconsciente coletivo da ignorante população estadunidense.

Sem as ferramentas de virtualidade da propaganda, o espírito sujo da política não alcançaria êxito na criminosa proibição da cannabis.

O povo dos Estados Unidos da América do Norte não sabia a diferença entre hemp e marijuana, como não sabe direito até hoje, e isso foi decisivo no maquiavélico plano de proibição.

Sendo a mesma planta, o termo inglês “hemp” era usado para a cultura agrícola básica naquele país e o termo hispânico marijuana usado para nomear as flores da planta fêmea que, secas, são queimadas, normalmente em forma de cigarros, onde a fumaça obtida da combustão é inalada.

Desde 1922, quando se deu inicio ao nefasto lobby da proibição, a indústria da comunicação e propaganda norte-americana (leia-se TV, rádio, cinema, jornal, livro), alimentada abundantemente com os petrodólares, criou um número imensurável de peças publicitárias mentirosas, que inundou o público de toda a nação, fazendo uma formatação mitológica no inconsciente coletivo.

Nas estações de rádio e televisão, assim como nos jornais diários, brotavam falsas notícias de assassinatos, roubos, estupros, e toda situação de desgraça promovida por negros ou mexicanos sob efeito da “maldita” marijuana.

Nos cinemas e nos livros, os bandidos e toda orda de malfeitores apareciam fumando um baseado dos grandes.
Toda esta armação mercadológica foi orquestrada por Aslingher, o maior e mais poderoso ksar das drogas dos Estados Unidos. Está tudo registrado na história, sendo de fácil conferência.
Do início desta guerra difamatória até o ato no Senado norte-americano, que proibiu todo tipo de uso, do cultivo e comércio da planta cannabis, passaram-se quinze anos de mentiras diárias, desconstruindo a “Real Verdade” e construindo um terrível monstro corruptor da realidade e destruidor dos direitos humanos fundamentais.

Tudo o que era nojento e abominável era colocado na conta da planta que, na verdade é uma dádiva provedora de todas as nossas necessidades, conhecida como a “Árvore da Vida”.

Depois do objetivo da proibição ter sido alcançado no ano de 1937, simultaneamente lá no país dos cowboys e aqui na terra tupiniquim, a aviltante mentira se espalhou pelo mundo e, finalmente, no meio do século passado, a ONU, de forma ditatorial, decretou o embargo total à planta que, até então, era a commodities mais negociada no planeta.

De lá para cá, o que é mentira virou verdade, confirmando a máxima de Goebbels, o nazista marqueteiro de Hitler.

A semente desta mentira foi  semeada em solo fértil.

Os Estados Unidos, no início do século passado, era um país basicamente agrícola, sendo de maioria populacional rural.

As diferenças econômicas e sócio-intelectuais entre o urbano e o rural eram gigantes, a maioria do povo era ignorante e desinformada.

A cultura agrícola nacional era a “hemp” (cânhamo-cannabis), que alimentava parte da indústria em gestação. É importante salientar que os agricultores norte-americanos eram incentivados a cultivar a planta cannabis. Tanto isso é verdade, que a primeira lei regulamentada nos EUA obrigava todo colonizador a plantar hemp, onde os impostos poderiam ser pagos diretamente com a produção da planta.

Era matéria prima de interesse estratégico de Estado e, por dezenas de anos, o ciclo agroindustrial da planta cannabis impulsionou a economia norte-americana.

Modal econômico baseado na sustentabilidade ambiental do ciclo do carbono.

Sabendo que tudo o que se faz com o petróleo já se fazia com a planta cannabis, os investidores das indústrias de prospecção e transformação do petróleo compreenderam que só com o embargo total da hemp é que a indústria petroquímica conseguiria sobreviver e se tornar a maior concentração de poder econômico do mundo, como é na atualidade.

Foi neste ambiente de ignorância e gigantesco conflito de interesse que se gestou o plano de embargo total à planta cannabis.

Então, no meio daquele esforço desesperado de suplantar a concorrência inexpugnável da mais antiga matéria-prima industrial, conhecida desde a pré-história, um espírito obscuro sugere, pela primeira vez, a relação hemp x marijuana (cânhamo x maconha).

Confiantes na ignorância do inconsciente coletivo nacional e no estúpido preconceito que os caucasianos norte-americanos nutrem pelos afrodescendentes e hispânico-mexicanos, a campanha de difamação e demonização da planta cannabis foi deflagrada.

Em meados dos anos 1920, começam a aparecer as primeiras noticias (mentirosas) em diferentes estados daquele país.

Nas telas do cinema a moda eram os faroestes, onde se exibiam como malfeitores e assassinos, os mexicanos com o baseado na boca.

O mais famoso exemplo de manipulação de massa feito pela indústria cinematográfica norte-americana contra a planta cannabis foi um filme chamado Reefer Madness, traduzido por loucura do baseado.

Com roteiro deplorável, o filme conta a história de um professor de piano, com cara de louco e um baseado na boca, exigindo que sua aluna acelerasse o compasso da música. A aluna, sentada ao piano, com cara de maluca e um baseado na boca, obedecia prontamente.

O professor repetia enfaticamente a palavra “faster” e a aluna toca o piano cada vez mais rápido, numa sequencia frenética.

Esta cena é interrompida com a entrada de um agente federal de barba perfeitamente feita, vestindo um terno de corte impecável, usando um distintivo reluzente.

Ao ver a presença do policial-galã de arma em punho, o professor pula em cima dele e o mata,usando uma batuta (varinha de maestro) como arma.

A aluna, totalmente desvairada, ao ver o brutal acontecimento, salta do enésimo andar do prédio, se espatifando no meio da rua.

O filme termina na “santa” corte de justiça norte-americana, com o juiz decretando pesadíssima pena, pelo motivo do crime ter sido cometido sob o efeito da mais horrível e perigosa erva já vista pela humanidade: a marijuana (a maconha).

Dada a sentença,a câmera corta para o desfigurado professor, que fazia caretas como alucinado. A imagem vai fechando em zoom no rosto ensandecido do “professor maconheiro” e encerra com a clássica legenda “The End”.

O tsunami de mentiras sobre a planta cannabis foi num crescente até 1937, quando o senado norte-americano, em audiência pública que mais parecia um espetáculo burlesco, aprova o “hemp act” (ato do cânhamo), proibindo totalmente o plantio, produção, industrialização,comércio e uso de todos os produtos da planta cannabis. Estava decretado o embargo total a mais profícua erva que Deus nos deu.

Em ação sincronizada, o cânhamo foi proibido no Brasil naquele mesmo ano. É bom lembrar que a Petrobrás começava a ser concebida naquela mesma época.

A seção parlamentar que proibiu a planta cannabis nas terras do Búfalo Bill foi um dos mais teatrais eventos daquele senado. Peça montada e dirigida por Aslingher, o mais poderoso funcionário público norte-americano de todos os tempos.

Para se ter ideia da má-versão, intenção escusa e ignorância que permearam a ação de embargo à  mais valiosa commodities mundial realizado pelo legislativo norte-americano, vamos ver algumas passagens registradas na minimalista ata daquela assembleia: foi apresentado por Aslingher e seus lobistas um obscuro veterinário, como expert em assuntos canábicos.

Este profissional foi o mais perto da área cientifica e medicinal que os embusteiros do interesse petroquímico conseguiram para defender a tese fictícia sobre a pretensa malignidade da Erva.

Questionado sobre qual era a base técnica para o veterinário sugerir a proibição sumária da planta cannabis, o mesmo declarou ter feito uma experiência com quarenta cães, nos quais ele havia injetado diretamente no cérebro dos (pobres) animais o extrato da marijuana (maconha) e, como resultado, cinco destes cães haviam morrido.

Desta fantasiosa experiência, ele tirou a conclusão sobre a pestilência da planta cannabis. É oportuno informar que, naquela época, não se conhecia cientificamente os princípios ativos canábicos: o THC só foi descoberto pela ciência em meados de 1960, algumas décadas depois desta estapafúrdia estória.

Além desta bizarra falsidade, um dos parlamentares perguntou se o veterinário teria feito algum outro experimento, pergunta que foi respondida com uma afirmação, só que, desta vez a cobaia teria sido ele mesmo.
Declarou que, ao fumar um cigarro da “erva maldita”, ele se transformou num morcego e, depois de voar pela sala do laboratório, caiu no fundo de um poço cheio de nanquim.

Portanto, o veredito do veterinário foi de que o uso da marijuana causava demência temporária.

Em defesa da planta cannabis estava a Associação Médica Americana, que conhecia e usufruía dos benefícios da Erva. Os médicos tentaram argumentar contra a esdrúxula proibição, mas foram impedidos de se manifestar, sob a alegação de que os parlamentares já sabiam das posições contrárias da Associação aos trabalhos do senado norte-americano.

Depois desta dantesca audiência pública, a suprema casa de leis norte-americana aprovou, em plenário, numa seção que durou um minuto e meio, a draconiana proibição.

A tramitação da lei de embargo no Brasil não foi muito diferente da ação circense de proibição nos EUA.

Com a consolidação do embuste contra a Erva, começou a perseguição a todos que faziam uso dela.

Então a opressão violenta aos usuários se intensificou, sendo a primeira vítima um nova-iorquino de cinquenta e poucos anos, preso em um quarto de hotel com dois baseados. Ele recebeu pena de cinco anos, agravado com trabalho forçado e morreu seis meses depois de ser libertado.

De lá para cá milhões de pessoas foram presas e mortas em todo o mundo, sob a égide violenta da mentira que formatou o inconsciente coletivo mundial.

Nestes mais de oitenta anos de enganação, as mentiras foram se sobrepondo e aumentando. Começou com a repetitiva afirmação de que o uso da planta cannabis causava a morte, na sequencia a informação era que tornava o usuário em sangrentos assassinos – ilustradas sempre com imagens de mexicanos bigodudos, de barba serrada, olhos vermelhos e baseado na boca. Depois veio a “estória” da demência temporária, que causou problemas jurídicos graves. Vários advogados começaram a usar a “demência temporária por marijuana” como álibi de assassinatos e ganhavam as causas.

Quando perceberam que o argumento da demência estava fazendo um estrago no ordenamento jurídico norte-americano, esta balela foi abandonada.

Nesta época, o comissário Aslingher teve a sua mais notável sacada. Ele começou a espalhar a ideia de que, apesar de não causar demência nem morte, a planta cannabis era a “escada” para as drogas pesadas, o primeiro degrau para o vício e a desgraça humana.

Este foi o mais forte implante sugestivo no inconsciente coletivo, que sobrevive até hoje.

Aí, somou-se a estas mentiras a indução à perda de estímulo dos jovens, que deixavam de estudar, tornando-se arremedos de zumbis. Acrescentaram na lista das enganações a cegueira, o abandono da fé religiosa, a queima de neurônios, a destruição familiar, a impotência, o câncer.

A mais fantástica criação de Aslingher foi em uma audiência pública, onde ele afirmou que a difusão do hábito de se fumar marijuana entre os jovens americanos era um plano diabólico da China comunista para uma futura invasão aos Estados Unidos.

Todo lodo ideológico foi espalhado pelo planeta, sedimentando-se no inconsciente coletivo mundial. Após a consolidação da mentira como verdade, ficou fácil a manutenção da nova realidade transviada.

Para se manter o engodo, que é um dos maiores estelionatos da história, centenas de bilhões de dólares foram gastos em propaganda enganosa, corrupção política e aparato de repressão institucional, resultando em desnecessário sofrimento, milhões de presos e um estúpido número de vidas perdidas.

Este crime que a indústria petroquímica e demais agregados cometeu contra a humanidade, cegou o inconsciente coletivo mundial, gerando o degenerado preconceito sobre os usuários da planta cannabis.

Portanto, baseado no conhecimento histórico e científico, venho peremptoriamente declarar que os usuários da planta cannabis (maconha), assim como os seguidores das manifestações do espírito cultural canábico não são psicopatas, não tem tendência assassina, não são bandidos quadrilheiros nem ladrões; não são portadores de doenças contagiosas, não são sujos nem desafetos ao banho, não cheiram mal, muitos menos são das hostes infernais.

Os usuários da inalação da fumaça canábica o são por motivos que remontam à evolução da consciência humana, retratados na Gênese Mosaica, por predisposição genética.

Aspirar a fumaça da planta cannabis fêmea foi o primeiro e mais eficiente medicamento para o efeito colateral da consciência: a depressão. Desde os tempos adâmicos a raça humana se automedica com ela, a planta cannabis fêmea – que é medicamento para nada menos que 60% dos males que afligem nossos corpos e nossas mentes.

Além do descomunal poder curativo, ela é a mais rica fonte alimentar que Deus colocou à nossa disposição.

Ela é a única oportunidade que temos para acabar com a fome e a desnutrição mundial.

Por estes motivos, que somam mais de vinte e cinco mil utilidades desta planta sagrada é que ela é proibida.

O fato antropológico de se inalar a fumaça da Erva é tão somente o bode expiatório deste nojento complô para o embargo mundial da Santa planta cannabis.

Levando toda esta questão em consideração, temos a obrigação moral de acabar com os mentirosos paradigmas que formam as muralhas ao redor da planta cannabis e libertar não somente a planta, mas principalmente nossas mentes.

A ignorância, o preconceito e o ódio são os pilares de sustentação desta ignóbil proibição, que não tem a mínima base científica de ser.

O usuário da cannabis, chulamente conhecido como maconheiro, nada mais é que um ser humano, igual aos bilhões de homens e mulheres que florescem por todos os cantos da terra. São negros, brancos, amarelos, vermelhos em todos os tons e matizes da semelhança humana.

Pedreiros, jardineiros, médicos, advogados, juízes, etc. Ricos e pobres,doutos ou desdentados.

Todos tem uma coisa em comum: o amor e a atração da predisposição genética por uma planta, presente de Deus, que nos conforta e nos faz bem.

Então, da próxima vez que você ver ou ouvir falar do tal “maconheiro”, não deixe que o preconceito dê espaço ao ódio em teu coração.

Entenda que ali está um espírito igualzinho ao seu, merecedor do mesmo respeito e amor que todos os filhos de Jah merecem.

Lembre-se que só a verdade pode mudar o mundo para melhor, nos levando a um patamar superior de vida e espiritualidade.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32)
Que a sabedoria divina se derrame sobre nós!

Ras Geraldinho
Elder da Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic de Sião do Brasil

(com a glória de Jah)